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Plano Actividades



Plano Anual de Actividades/2008


1.ENQUADRAMENTO

No dia 3 de Novembro de 1999 foi aprovada a proposta latino-americana para a Carta da Terra.

Os princípios básicos da carta estabelecem justiça, democracia,respeito à diversidade biológica e cultural, solidariedade, paz, conservação do património natural, cultural e histórico, prevenção a impactos ambientais, aplicação dos conhecimentos e tecnologias respeitadoras do ambiente,sentido de responsabilidade compartilhada pelo bem-estar da comunidade da Terra e das gerações vindouras, educação e amor, como condições indispensáveis para o desenvolvimento sustentável.

Definida como o "desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a vida das gerações futuras", é entendido como um conceito dinâmico, que procura conciliar os aspectos sociais, económicos, ambientais e culturais, de forma integrada, em prol de uma vida mais saudável e produtiva, em harmonia com a natureza.

A sustentabilidade económica e a preservação do ambiente dependem de uma consciencialização e esta da educação. Deste modo, a Educação Ambiental e/ou Educação para o Desenvolvimento Sustentável (ED/EDS)são dois processos fundamentais na consciencalização e capacitação dos indivíduos para a construção de uma sociedade sustentável.

Entendida dessa forma, a EA apresenta-se como uma nova pedagogia que associa direitos humanos - sociais, económicos, culturais e ambientais - e direitos planetários, empulsionando o resgate da cultura e da sabedoria popular, de respeito, deslumbramento e reverência diante da complexidade do mundo, isto é, o reconhecimento do que somos parte da Terra e de que podemos perecer com a sua destruição ou podemos viver com ela em harmonia, participando do seu devir.
Educar passa pela inovação mas também pela recuperação de conhecimentos, ainda mais tratando-se de conhecimentos tão antigos, que já deram provas da sua validação.

Apartir da problemática ambiental vivida pelas pessoas no seu dia-a-dia, nos grupos e espaços de convivência que lhe são familiares, processa-se a consciência ecológica e opera-se a mudança de mentalidade em relação à qualidade de vida e ao ambiente, uma vez que a sustentabilidade dos ecossistemas dependem directamente do tipo de intervenção humana sobre o meio. Nesse sentido, a Ecoteca da Graciosa tem por finalidade reeducar o olhar das pessoas, isto é, desenvolver atitudes de observação e de resposabilização na prevenção de agressões ao meio natural e ajudar os cidadãos a evitar o desperdício, a poluição e a cultura do descartável.
A consciencialização é fundamental para que a humanidade encontre os caminhos para o Desenvolvimento Sustentável.

À semelhança do ano passado, a Ecoteca da Graciosa continuará a fazer um esforço no sentido da integração de todas as escolas desta Ilha no Programa Eco-Escolas, de molde a que a sustentabilidade comece a ser adoptado pelas escolas como um princípio interdisciplinar reorientador da educação, do planeamento escolar, dos sistemas de ensino e dos projectos político-pedagógicos da escola, de tal modo que os objectivos e conteúdos escolares possam ser significativos para os educandos e também para a saúde do planeta.


2. OBJECTIVOS

As exigências da sociedade planetária devem ser trabalhadas a partir da vida quotidiana, isto é, a partir das necessidades e justas aspirações das pessoas. Deste modo, a Ecoteca da Graciosa ao optar por uma educação para a cidadania planetária tem por finalidade a construção de uma cultura de sustentabilidade o que supõe o desenvolvimento de novas capacidades, tais como: sentir, intuir, deslumbrar-se e envolver-se emocionalmente; imaginar, inventar, criar e recriar; informar-se e expressar-se; buscar causas e prever consequências; criticar, avaliar e tomar decisões. Essas capacidades devem levar as pessoas a pensar e agir, em totalidade e transversalmente nas questões ambientais.

Destinada a todos os cidadãos, com especial orientação para as camadas jovens em idade escolar, a Ecoteca da Graciosa com respeito pelos princípios atrás enunciados, definiu os seguintes objectivos:

Objectivos ambientais

  • Difundir os valores consignados na Carta da Terra.
  • Promover a mudança de mentalidades e comportamentos no sentido de formar cidadãos conscientes e participantes na protecção e conservação da integridade e da beleza dos ecossistemas da Terra;
  • Sensibilizar para a manutenção e o equilíbrio entre o ambiente e o progresso económico.
  • Educar para o consumo ético e responsável.
  • Divulgar conhecimentos, tecnologias e práticas respeitadoras do ambiente.
  • Proporcionar momentos de reflexão e intervenção cívica nas questões ambientais.
  • Sensibilizar as populações para a necessidade urgente de opção inequívoca por um modelo de desenvolvimento sustentável para o arquipélago dos Açores.
  • Reflectir sobre os problemas ambientais que podem afectar a biodiversidade da Região;

Objectivos pedagógicos

  • Apoiar as escolas, cooperando com os educadores no desenvolvimento concreto do programa Eco-Escolas;
  • Desenvolver nas crianças e nos jovens o apreço e o gosto pela natureza;
  • Despertar as interrogações, curiosidades e imaginação das crianças e jovens;
  • Despertar as crianças e os jovens para a Ecologia e para a defesa do ambiente, através do seu envolvimento em campanhas de sensibilização;
  • Incentivar a utilização das NTI;
  • Proporcionar o contacto com instrumentos de trabalho e procedimentos de investigação utilizados na conservação da natureza;
  • Aumentar a motivação dos professores, das crianças e dos jovens pelas questões relacionadas com a natureza e a vida,
  • Entusiasmar e aumentar a motivação das instituições e população em geral para o envolvimento cívico nas questões ambientais.

3.PLANO DE ACÇÃO – considerações gerais

Estamos conscientes de que a inserção da Ecoteca na comunidade, à semelhança de outros projectos inovadores, é sempre um processo moroso e difícil, devido ao isolamento ancestral dos serviços públicos e outros parceiros sociais, bem como à apetência dos docentes por rotinas instaladas. Todavia, face ao trabalho já realizado, sentimo-nos encorajados com o progresso a nível das campanhas de sensibilização para as boas práticas ambientais, apesar de sabermos que só através de um trabalho com continuidade por parte dos professores, autarquias e dos media será possível acabar com as habituais práticas que prejudicam o ambiente.

O Plano de Actividades para o ano de 2007, elaborado após reflexão crítica sobre o trabalho realizado anteriormente, pretende dar continuidade a determinados projectos de acção mas também inclui novas propostas. Pretende, por um lado, corresponder às necessidades do mundo actual e por outro dar resposta aos interesses dos educadores/professores, das entidades e da comunidade local.

Estamos conscientes da necessidade de reforçar ainda mais a ligação entre a Ecoteca e o meio envolvente. Aliás, o Plano 2008 foi elaborado numa perspectiva de dinâmica interactiva com entidades potencialmente dinamizadoras das questões ambientais (SRAM, Universidade dos Açores, Autarquia, Escolas, Museu, Igreja, Associações Sociais, Culturais e de Actividades Económicas, Serviços Florestais e de Desenvolvimento Agrário, Delegação de Turismo, os meios de comunicação locais e regionais) numa perspectiva de rentabilizar os meios disponíveis e eficácia da nossa acção. À semelhança do que tem vindo a acontecer até à presente data é nossa intenção continuar a manter uma relação privilegiada com os estabelecimentos de ensino dos diversos níveis, recebendo deles propostas e sugestões, como incentivando-os para actividades educativas promotoras de qualidade ambiental e de vida.

Consideramos também crucial colaborar com as entidades tutelares (funcionamento em focal point) na implementação de projectos regionais, reforçando estas campanhas a nível local, tendo em vista aumentar a sua eficácia em termos de consecução dos objectivos definidos à priori.

Destacam-se para 2008, as seguintes acções educativas: consolidação do Programa Eco-Escolas e a difusão dos princípios consignados na Carta da Terra, “O Primeiro Olhar”, a “Arquitectura da Água”, “Amigos Especiais”, “Viagem ao Centro da Terra”, “Uma Ilha Graciosa…”, “A Volta à Ilha em 8 Dias”, Campanha SOS Cagarro”, “ Velho & Novo”, “Semana da Primavera 2008”.
Assinalam-se ainda efemérides destacadas no calendário anual internacional, tais como: o Dia Mundial da Floresta, o Dia Mundial da Água, o Dia Internacional da Terra, o Dia Mundial do Ambiente e o Dia do Mar.

Apresenta linhas condutoras que o atravessam e nele vão construindo laços de coerência interna, permitindo itinerários temáticos múltiplos, entrecruzados em rede mas perceptíveis na sua dinâmica própria, focando sempre porém, o modo como o ambiente pode ser melhorado.

As finalidades por que se regem as nossas propostas de acção mantêm-se actuais: “suscitar na comunidade onde se insere a motivação para a necessidade urgente de preservação do património ambiental e cultural, desenvolvendo valores de apreço e respeito pelo meio onde vivem, privilegiando para isso métodos de trabalho e de intervenção pacíficos, através dos mais diversos projectos”.

No âmbito das actividades com as escolas, todos os temas a desenvolver pressupõem uma prática educativa centrada na actividade da própria criança ou do adolescente, havendo, por isso, a preocupação de se estabelecer ritmos diferenciados de aprendizagem adaptados à idade e ao nível de escolaridade do aluno.

Visando a operacionalização dos objectivos definidos no nosso Plano Anual de Actividades, procuraremos sempre, a exemplo do que temos vindo a fazer, enriquecer o espólio da Ecoteca em bibliografia científica, técnica e recreativa, videogramas, filmes e software educativo.

No intuito de assegurar a prossecução dos objectivos definidos, a Ecoteca propõe-se
concretizar o apoio às escolas da Ilha e uma intervenção junto da comunidade local
do seguinte modo:

Apoio às escolas

a) Apoiando o Plano de Acção e os coordenadores do programa Eco-Escolas no desempenho das suas funções;
b) Apoiando o funcionamento dos Clubes de Ambiente;
c) Disponibilizando, mediante requisição, material didáctico e pedagógico;
d) Colocando o espaço e os equipamentos da Ecoteca à disposição dos docentes para uma aula diferente – Aulas na Ecoteca;
e) Apoiando o funcionamento dos Clubes de Ambiente;
f) Apoiando visitas de estudo dos alunos;
g)Apoiando os trabalhos dos alunos nas áreas das ciências ambientais;
h) Desenvolvendo acções de sensibilização ambiental nos espaços escolares em parceria com os professores responsáveis pelas várias áreas disciplinares;
i) Desenvolvendo acções de sensibilização ambiental na Ecoteca, abordando diversos temas e conforme os planos de acção definidos pela sua directora;
j) Promovendo acções de formação em articulação com a EBI/S da Graciosa, SRAM, Universidade dos Açores, Associações Ecológicas e outras instituições de investigação e de educação.
k) Apoiando e premiando os professores que desenvolvem acções de educação ambiental junto dos alunos e das comunidades onde estão inseridos.

Intervenção junto da comunidade

a) Fornecendo informações e esclarecimentos sobre ambiente às populações;
b) Envolvendo o mais possível as instituições e as pessoas em geral nas acções de protecção ambiental;
c) Intervindo regularmente na Rádio Graciosa e no Diário da Graciosa para sensibilização e promoção ambiental da comunidade local;
d) Recorrendo aos media para divulgação das actividades realizadas;
e)Estabelecendo parcerias com as instituições locais para a concretização de actividades de promoção sócio-cultural e ambiental das populações;
f)Promovendo e concretizando acções que correspondam à satisfação de necessidades e exigências da comunidade local
g) Assinalando condignamente as datas comemorativas mais directamente ligadas ao ambiente, tais como: Dia Mundial da Floresta, Dia Mundial da Água, Dia da Terra, Dia Mundial do Ambiente; Dia Mundial dos Oceanos, Dia Nacional do Mar;
h) Colaborando com outras entidades na realização de actividades de protecção e defesa do ambiente e outras de promoção sócio-culturais das populações.
Sendo o Plano de Actividades um processo sempre em aberto, a avaliação, à semelhança dos anos passados, deve continuar a ser permanente, de molde a poder corresponder às necessidades do meio e garantir a eficácia gradual do trabalho de sensibilização junto da comunidade. Será concretizada através de um relatório semestral e de um relatório anual, eventualmente, por relatórios pontuais sempre que tal se justifique.

4. Actividades /Sinopses

O presente Plano centra-se, de diferentes modos, nas seguintes temáticas: Água, Resíduos, Energia, Geodiversidade, Biodiversidade, Paisagem, Alterações Climáticas e Espaços Exteriores da Ecoteca.

As actividades de educação ambiental propostas podem distribuir-se por quatro categorias:
- ASI Sensibilização / informação, incluindo a produção de materiais com informações relativas à defesa do ambiente, tais como leituras, folhetos, spots na rádio, etc.
- APP Actividades de participação passiva, incluindo as exposições, o visionamento de filmes, os videogramas, as conferências e debates, etc.
- APA Actividades de participação activa, incluindo visitas guiadas, jogos educativos, dias de limpeza, actividades de “coastwatch”, actividades de laboratório, projectos educativos de recuperação de ecossistemas naturais, campanhas de rua, etc.
- AEM Actividades com efeito multiplicador, incluindo cursos de formação para professores, monitores e responsáveis por grupos de crianças, etc.
- AI Actividades de investigação.
Existe ainda a preocupação de dirigir as actividades ao maior número possível de grupos-alvo, de forma a aumentar o grau de consciencialização dos diferentes grupos de interesses que influenciam o uso do ambiente local.

4.1. Programa Eco-Escola (ABAE) ASI/APP/APA/AEM

Era premente mudar a maneira de pensar dos nossos alunos, dos pais dos nossos alunos, de todo o meio envolvente.

A consolidação do projecto em todas as escolas do 1º ciclo desta Ilha, constitui ainda acção prioritária desta Ecoteca e tem dois grandes objectivos a atingir:
- Desenvolver nos alunos uma forte consciência ambiental que se reflicta na sua postura na Escola e que “contagie” os seus pais, as suas famílias, os seus amigos…
- Estabelecer fortes ligações com a comunidade a fim de que seja uma aliada nesta luta em prol do Ambiente (Eco-Freguesias)!

Traçados os fins, resta-nos apoiar e colaborar com as escolas na realização de um conjunto de acções concertadas (planos de acção), nas quais são os alunos a participar na sua concepção, realização e avaliação. Esses planos de acção dão especial ênfase aos aspectos relacionados com as atitudes e comportamentos dos alunos no seu dia-a-dia, tendo por base os princípios defendidos na Carta da Terra, expressão de uma nova ética global que se deseja fomentar.

4.2. Tesouros Marinhos APP

“Tesouros Marinhos” é uma exposição de conchas constituída por um variado e extenso conjunto de exemplares de todas as partes do mundo.

Representativa da diversidade marinha dos Mollusca, o segundo grupo mais numeroso do Reino Animal (após os Arthropoda) com cerca de 130 mil espécies, esta exposição tem como principal objectivo ajudar a divulgar a beleza das conchas marinhas e a sua história na cultura dos povos, com realce para a importância da conservação dos oceanos.

Esta acção dirige-se a todas as crianças e jovens em idade escolar e adultos interessados.

4.3. O Primeiro Olhar APA/ AEM
O primeiro Olhar

O Primeiro Olhar” engloba um conjunto de passeios interpretativos segundo uma perspectiva holística: paisagísticos (fauna e flora), património edificado, geologia e vulcanologia. Estes passeios pretendem proporcionar aos participantes a possibilidade de interpretação da paisagem natural e humana desta Ilha, numa perspectiva pedagógica, para a formação de uma verdadeira cultura de Paisagem que se deseja fomentar e aprofundar. Dirige-se a todos os docentes e alunos em idade escolar, dos 7 aos 18 anos de idade, estando para isso previstos, diferentes programas com componentes pedagógicas e lúdicas especialmente adaptados à idade e grau escolar da criança.

Seleccionamos os seguintes passeios interpretativos, donde se desfruta belos panoramas da Ilha Graciosa e /ou uma visão arquipelágica:
- Passeio pedestre do Monte d’Ajuda;
- Passeio pedestre da Caldeira;
- Passeio pedestre ao Pico Timão.

O presente trabalho enquadra-se na filosofia do que hoje se denomina Ecologia da Paisagem, ciência que estuda a paisagem como um todo de forma a poder recolher a informação necessária para fundamentar propostas para a gestão e valorização de tais paisagens, preservando a sua qualidade e a possibilidade de utilização racional dos recursos naturais.

O conceito de paisagem está associado a uma diversidade de factores. A estrutura ecológica, a geologia e o relevo, o clima, o tipo de solos, a flora e a fauna, as marcas da ocupação e actividade humanas no presente e no passado. A paisagem constitui um sistema dinâmico, onde os diferentes factores se influenciam mutuamente e evoluem em conjunto ao longo do tempo, determinando e sendo determinados pela estrutura global.

“A expressão visual desta articulação, num determinado momento, constitui a paisagem que pode ser vista por cada observador, segundo a sua percepção e interesses específicos.” (Forman e GODRON 1986; Naveh e Lieberman 1994; Zonneveld, 1990).

Pretende-se identificar e caracterizar os tipos de paisagens existentes na Ilha Graciosa e no arquipélago dos Açores, sem esquecer a referência dos elementos singulares (pontuais ou lineares que, pela sua especificidade e pelo seu valor (positivo ou negativo), se distinguem ou se destacam de cada unidade de paisagem. São exemplos destes elementos singulares:
- Pontos de vista excepcionais;
- Elementos notáveis quanto a vegetação, geologia ou outros valores naturais;
- Grandes infra-estruturas como sejam, portos e aeroportos, linhas de alta tensão, etc.
- Aglomerados urbanos, como os mais variados tipos e dimensões;
- Disfunções manifestas, como pedreiras, lixeiras, depósitos de sucata, etc.
É importante referir que se irá realçar a existência e identificar as particularidades das paisagens culturais mais consistentes e interessantes.

Como atrás referimos, o objectivo desta actividade é sensibilizar para a protecção das paisagens açorianas, no sentido de travar a sua crescente descaracterização, factor de degradação ambiental, face à monocultura da vaca, e hoje, de forma pertinente, ao já denominado “ciclo do betão” que se assiste nos Açores.

Para além desses percursos pedestres, temos ainda para o presente ano:
1. Accção de formação para professores, técnicos e forças vivas interessadas, no Museu da Graciosa;
2. Duas palestras, aberta ao público em geral e alunos a partir dos 9ºs anos, no Auditório da EBSG.
3. Um percurso de interpretação da paisagem da Ilha Graciosa.

4.4. Semana da Primavera ASI/ APA

Mobilizar as instituições e a comunidade em geral para a necessidade de conservação da natureza, constitui o principal objectivo da “Semana da Primavera”.

O programa deste invento, que já vai na sua 7ª edição, à semelhança dos anos transactos, irá ser preenchido com o conjunto diversificado de actividades, a saber:
1. Ciclo de cinema “Verde... da Cor da Árvore” com exibição dos filmes:
2. Exposição de pintura, no âmbito da Arte e Ciência;
3. Peça de teatro: “Os Defensores da Natureza” ou “ A Banda dos Animais”;
4. Conferência ;
6. Concerto da Primavera;
7. ABC da Vida (1º ciclo) – Cuidar e respeitar a vida no Planeta Terra é
fundamental para que todos os seres vivos possam viver melhor.
8. Saudação Poética à Natureza (2º e 3º ciclos)

Não é por acaso que se celebra o Dia Mundial da Árvore e o Dia Mundial da Poesia no primeiro dia de Primavera. Num trabalho de parceria com a Rádio Graciosa serão declamados para o público ouvinte os melhores poemas, as melhores quadras e os melhores provérbios ecológicos escritos pelos alunos. Uma acção a coordenar pela directora da Ecoteca e os coordenadores das Eco-Escolas.

4.5. Viagem ao Centro da Terra APA

Do ponto de vista geomorfológico e vulcanológico, a Caldeira é possuidora de um valioso património natural que importa dar a conhecer e valorizar. Por isso, entrar na Caldeira do vulcão, deverá significar para o visitante a vivência de horas de fruição num mundo diferente até atingir, por fim, o interior da terra, e sentir-se minúsculo e ao mesmo tempo maravilhado ante a portentosa obra da Criação, uma magnífica abóbada subterrânea, silenciosamente grande e invulgar, a Furna do Enxofre, catedral das lavas ínvias dos Açores (Nemésio,1956).

A “viagem” inicia-se pela base do edifício vulcânico da Caldeira da Graciosa, junto ao Carapacho, sube até ao cume, circundando-o e desce em direcção ao fundo da cratera até atingir as suas entranhas, a Furna do Enxofre.

Reconstituir a história de edificação do vulcão poligenético da Caldeira, a partir da observação dos testemunhos materiais por ele expelidos, relacionando-os com a natureza da actividade vulcânica que lhes deu origem e sua sequência cronológica, tendo em vista a formulação de uma hipótese explicativa para o seu processo de edificação, constituiu um dos principais objectivos da realização do trabalho de campo, entre outros de interesse ambiental e turístico, igualmente importantes.

4.6. Uma Ilha Graciosa… APA
LImpar o mundo, limpar Portugal

O problema dos RSU, deveras preocupante nesta ilha, é objecto do Plano de Acção de Gestão Integrada de Resíduos (PAGIR) acordado entre a DRA e a Autarquia, no qual se incentiva o desenvolvimento de acções de sensibilização geral da população em matéria de encaminhamento adequado dos vários tipos de resíduos.
Nestes últimos anos, realizaram-se grandes acções de limpeza da orla marítima, segundo o esquema de trabalho proposto em 2001, na linha metodológica das fichas de observação do Coastwatch Portugal. A actividade de limpeza é sempre precedida por uma acção de sensibilização geral no Auditório da EBSG, em suporte informático, intitulado “Branca, a Ilha Graciosa?!”, elaborado pela Ecoteca da Graciosa. Esta sensibilização geral, quanto ao correcto encaminhamento dos resíduos, é também acompanhada por comunicações na Rádio Graciosa visando três objectivos: elucidar a população sobre o espírito do projecto local e internacional “limpar o mundo, limpar Portugal, uma illha Graciosa”; unir vontades num objectivo comum e informar a população sobre atitudes e os procedimentos a seguir relativamente ao encaminhamento dos RSU nesta ilha.
Os Directores de Turma e as entidades envolvidas foram unânimes em afirmar o grande empenhamento dos alunos e, no geral, o sucesso da iniciativa, tendo concordado com o modelo preconizado e a sua continuidade.
Este ano esta actividade será objecto de uma exposição de fotografia de rua, reunindo também fotografias de outras situações negativas sob o ponto de vista ambiental observadas nesta Ilha, que depois irá circular por todas as freguesias, tendo em vista a prevenção e a sensibilização geral da população para o correcto encaminhamento dos resíduos sólidos urbanos.

4.7. A Volta à Ilha em 8 Dias APA/ APP
A volta à Ilha em 8 Dias

Pretende-se denunciar os maus exemplos e expor os bons, através de uma reportagem fotográfica de rua que irá circular por todas as freguesias do concelho de Santa Cruz da Graciosa, durante oito dias, finda a qual ficará exposta na EBSG e no Centro Cultural da Ilha Graciosa. Do conjunto farão parte fotografias que mostrem maus exemplos ambientais, como sejam, construções aberrantes, deposição de resíduos em locais impróprios, descargas de águas residuais, etc, mas também bons exemplos: construções bem integradas na paisagem, boa gestão dos conflitos Homem – Natureza , etc.

4.8. Recolha e encaminhamento de consumíveis informáticos

À semelhança do que aconteceu com a recolha e encaminhamento das pilhas, este ano envidaremos todos os esforços no sentido da recolha e encaminhamento dos consumíveis informáticos (tinteiros e tonners) para uma empresa acreditada pelo Ministério do Ambiente, sensibilizando e colaborando com a Autarquia no estabelecimento de um processo de distribuição e recolha municipal daqueles resíduos.

4.9. Dia Escolar Sem Carros APA

Desenvolver comportamentos favoráveis a um modelo sustentável, chamando a atenção para formas de locomoção ecológicas alternativas ao carro e salientando a importância da inovação em relação aos transportes, serão os principais objectivos a atingir com a realização das actividades previstas para este dia.

Incentivados pelo tema anual proposto pelo Programa Eco-Escolas e pelo lema “Anda a pé”propõe-se a realização de um cortejo pelo ambiente (a pé, de bicicleta, de trotinete, de burro, de carroça), seguido de actividades desportivas e de um almoço convívio.
À noite, propõe-se a realização de uma palestra aberta ao público sobre “Mobilidade e Saúde”, a proferir pelo Dr. Vasco Rodrigues.

Nesta actividade contamos com a colaboração da PSP e da Polícia Segura, dos Bombeiros Voluntários da Ilha, da Câmara Municipal e Transportes Colectivos Graciosenses e dos Centro de Saúde da Graciosa, designadamente com o Dr. Vasco Rodrigues.

Esta actividade está prevista para o dia 5 de Maio, que é simultaneamente o Dia Mundial do Coração e o Dia Mundial do Trânsito.

4.10. Percurso de Interpretação Ambiental do Ilhéu da Praia    APA

EcotecaGRWEfectuar um percurso de interpretação ambiental é a forma por excelência de descobrirmos o meio ambiente, de interagir com ele e de o entender. Para além do prazer que é desfrutar da beleza da paisagem é, ainda, um estudo que engloba a observação, a reflexão e a discussão sobre os diversos factores que interagem no ambiente, neste caso de uma ZPE, uma zona excepcional para a nidificação e conservação de aves marinhas raras, algumas em vias de extinção. Pretendemos que se desenvolva uma nova atitude face ao ambiente, resultante de uma formação que não se dirige apenas à inteligência, mas também à sensibilidade e à vontade.
Junho de 2008
Duração
: 3 horas
Guias: Lurdes Cunha e Luís Aguiar

4.11. Amigos Especiais    APP

Constitui uma actividade direccionada para a consciencialização das crianças para os direitos dos animais, mais precisamente para os cuidados a ter com os animais de estimação que a maioria das crianças desta ilha possuem em casa. Incentivar as crianças a cuidar, a acarinhar e a estimar os animais, nossos amigos, estimulando a sua sensibilidade natural, são os principais objectivos a atingir com o desenvolvimento desta acção.
Esta acção consta de duas partes.
Na primeira parte, a partir de testemunhos de várias crianças desta ilha e de adultos que apreciam a companhia dos seus animais de estimação, procuraremos passar uma mensagem de solidariedade e de afecto para com os outros seres do Planeta, consciencializando-as sobre os Direitos dos Animais. A sessão termina com a projecção animada dos Direitos dos Animais (adaptada) elaborada pela Ecoteca da Graciosa, o testemunho do veterinário Dr. Pedro Araújo e a mensagem da Presidente da Associação de Defesa dos Animais da Ilha Graciosa.
Na segunda parte animaremos uma oficina reconstrutiva de animais, a partir de objectos e materiais descartáveis e em situação de pré-lixo, segundo a metodologia:
nova composição / nova leitura /trabalhos práticos em oficina. Este processo envolve:
- Reciclagem de propósitos e ideias;
- Criatividade, Educação, Estética, Cultura, Ambiente;
- Reconstrução directa em trabalhos manuais de oficina.

4.12. Arquitectura da Água    AI

EcotecaGRW A Ilha Graciosa possui uma arquitectura da água muito característica e interessante sob o ponto de vista patrimonial e cultural.
É importante o levantamento e inventariação completa deste curioso património ligado ao sistema de captação de águas pluviais para abastecimento doméstico e público, tendo em vista a sua preservação e requalificação.
Educar passa pela inovação, mas também pela recuperação de conhecimentos, ainda mais tratando-se de conhecimentos tão antigos, que já deram provas da sua validação.

4.13. Água, um tesouro a defender    APA//AEM

EcotecaGRW Uma viagem ao mundo das bactérias que existem na água e na areia das praias.

Análise e recolha de amostras de água da torneira, da chuva, do mar, de nascentes, dos pauis do rossio da Vila de Santa Cruz, dos charcos e do lago da Furna do Enxofre, e caracterização dos parâmetros físico-químicos e bacteriológicos.

Encenação de rua “Onde pára a Gota?”, em todas as freguesias do concelho de Santa Cruz, tendo em vista a sensibilização dos alunos e adultos para a necessidade de adopção de atitudes e comportamentos relacionados com a poupança de água na vida quotidiana dos cidadãos.

4.14. Passaporte para a leitura   PA/ASI

Sensibilizar a criança para a defesa do património natural não é obra meramente pedagógica.
Organismos internacionais dedicados à preservação e defesa do ambiente apelaram aos que mais fundo sabem falar à alma das crianças – os escritores – no sentido de as despertar para a primeira e decisiva tarefa do nosso século: salvar a Terra.
Com o passaporte para a leitura, a Ecoteca da Graciosa pretende divulgar o livro e fomentar o gosto pela leitura junto do ensino pré-escolar e 1º ciclo. Seleccionaram-se contos de bom conteúdo humano, com um conceito positivo no que respeita à relação entre os homens e a natureza, sem que para tal se torne necessário uma visão alarmista ou uma denúncia ostensiva, antes se recorre ao caminho da esperança e do bom senso. Neste processo vamos envolver os pais dos mais pequeninos, porque lá diz o ditado “ de pequenino se torce o pepino (a ecologia)”
“A Rainha das Cores” de Juta Bauer, “O Chão e a Estrela”, de Matilde Rosa Araújo, “A uma árvore amiga”, de Maria Alberta Meneres”, “ A Árvore de Folhas Poéticas”, “ A Menina do Mar”, de Sophia de Mello Breyner , “Os Gnomos de Gnu”, de Umberto Eco, “A Floresta d´Água”, do maestro Jorge Salgueiro, “O Alfabeto dos Animais”, de José Jorge Letria, “O Principezinho” de Antoine Saint- Exuperé, “O Segredo do Rio”, de Miguel Sousa Tavares, são alguns dos 24 contos seleccionados, entre outros da escolha das crianças.

4.15. Trilhar o Futuro por trilhos do passado    APA

Destina-se à promoção de caminhadas e a perpetuar uma memória.
Não esquecer o passado, preservar o presente e assegurar o futuro… por nós, pelos nossos antepassados…pelos nossos filhos.
Estes percursos pedestres passam por lugares por onde se podem contemplar “belezas naturais” e recordar acontecimentos, tradições e outros factos da memória colectiva graciosense.

4.16. Campanha SOS Cagarro    ASI/APA

Presentemente, é relativamente pouca a informação científica disponível sobre o desconhecendo-se ainda, em concreto, as causas do declínio verificado nos últimos anos nos Açores, e muito particularmente, nesta ilha.
Pensamos, contudo, justificar-se a concretização de um conjunto concertado de acções locais de protecção e salvaguarda do cagarro, tendo em vista o reforço da Campanha Regional da iniciativa da DRA.
Deste modo sugerimos a constituição de uma organização, com o envolvimento de diferentes entidades parceiras (Câmara Municipal, EDA, Serviços de Desenvolvimento Agrário, Escolas, PSP, Delegação de Desporto, Serviços Florestais, Delegação Marítima, Igreja, Agrupamento de Escuteiros, Assoc. de Pescadores, conforme já acontece noutras ilhas do arquipélago, tendo em vista uma melhor articulação e apoio à Campanha, ou seja, o sucesso da Campanha.
É de continuar com os apelos à participação dos cidadãos e a sensibilização dos residentes com recurso aos órgãos de comunicação social locais.

4.17. Natal Ecológico    ASI/APA

Na sequência de actividades anteriormente desenvolvidas, este projecto tem como principais objectivos a consciencialização ecológica da população neste período festivo. Pretende, simultaneamente, promover a reflexão para os efeitos negativos causados ao ambiente derivados do excesso de consumo e do abate indiscriminado e irreflectido de pinheiros e criptomérias, bem como sensibilizar para os valores da amizade e solidariedade com os outros seres humanos e com o planeta Terra, em busca do equilíbrio ecológico, alicerçado nos princípios de justiça social, paz e equidade.
“Árvore Ecológica”, “Altarinhos” e “Eco-brinquedos”, entre outras “Ideias Verdes” (decorações natalícias) serão algumas das propostas a apresentar às escolas. Estamos ainda a pensar seriamente em proceder a uma plantação de árvores de Natal num terreno relativamente extenso da Caldeira (ou outro?) nos meses de Novembro e Dezembro com o apoio dos Serviços Florestais e com a visibilidade necessária para servir de exemplo ao todo regional.

4.18. Ecocinema    APP

Consiste na exibição de filmes em grande écran, que pelo seu contudo temático se enquadram nesta rubrica.

4.18. Efemérides

- Dia da Terra
- Dia Mundial da Floresta
- Dia Mundial da Água (Semana da Primavera 2006)
- Dia Mundial do Ambiente e Dia Mundial dos Oceanos
- Dia Nacional do Mar

Em parceria com entidades locais, procuraremos elaborar programas especiais para assinalar condignamente esses dias.

4.19. Agricultura Biológica   APA/ AEM

No corrente ano propomo-nos proceder a acções de limpeza dos terrenos, poda dos abrigos e plantação de pés de faia-da-terra à volta dalgumas parcelas de terra, tendo em vista a implantação de um pomar, horta pedagógica e jardim de plantas medicinais/aromáticas dos Açores.

Este aspecto torna urgente a recolha e registo do potencial medicinal de várias plantas utilizadas pelos graciosenses, nomeadamente as suas aplicações e usos tradicionais, quer do ponto de vista da profilaxia quer da prevenção de doenças.

4.20. Velho & Novo – oficinas de arte ecológica    APA/ AEM

Vivemos numa época de (pré saturação ambiental), sem grandes soluções aceitáveis para um desenvolvimento sustentável possível.
A frenética industrialização desenvolvida nas recentes décadas e o desprezo pelo meio ambiente, deixou-nos um legado complicado de resolver que continua a crescer e que se revela muitíssimo preocupante.
Em todo o ensino é fundamental transmitir algumas das necessidades para novos métodos de exercer actividades com o mínimo de desgaste nos recursos disponíveis, em nome da sociedade, em nome do desenvolvimento, em nome das profissões e da própria Humanidade.
“Velho & Novo”, constitui a primeira de uma série de oficinas, destinadas a todas as idades, a partir das quais se passa a dar novas utilidades a materiais velhos ou fora de uso (tecidos e objectos descartáveis) em oficinas de reutilização, que serão desenvolvidas em horário semanal.